Notícias do Espaço Novembro-Dezembro 2016
CRÓNICAS ESPACIAIS menos 100milhões de vezes amassa do Sol,” explica Davide Massari, coautor do estudo, do INAF, Itália, e da Univer- sity of Gröningen, Holanda. As suas propriedades fora do comum tornam Terzan 5 o candidato ideal para umfós- sil vivo dos primeiros dias da Via Láctea. Teorias atuais sobre formação galáctica Francesco Ferraro da University of Bo- logna, Itália, e autor líder do estudo. “Tais fósseis galácticos permitem re- construir uma peça importante da história da nossa Via Láctea.” Apesar de as propriedades de Terzan 5 serempouco comuns para umaglome- rado globular, sãomuito semelhantes à população estelar que pode ser encon- trada na protuberância galáctica, a re- gião central bem comprimida da Via Láctea. Estas semelhanças podem fazer de Terzan 5 uma relíquia fossilizada de formação galáctica, representando um dos primeiros blocos construtores da Via Láctea. Esta suposição é fortale- cida pela massa original de Terzan 5 necessária para criar duas populações estelares: uma massa semelhante aos amontoados gigantescos que se as- sume terem formado a protuberância durante a construção da galáxia há cerca de 12 mil milhões de anos. De al- guma forma Terzan 5 foi capaz de so- breviver a ser despedaçada durante milhares demilhões de anos, e temsido preservada como um resto do passado distante da Via Láctea. “Algumas características de Terzan 5 as- semelham-se às detetadas nos amon- toados gigantes que vemos emgaláxias formadoras de estrelas em desvio para o vermelho elevado, sugerindo que processos de construção semelhantes ocorreram no Universo local e no Uni- verso distante na época de formação galáctica,” continua Ferraro. Portanto, esta descoberta abre o caminho para um melhor e mais completo conheci- mento de montagem galáctica. “Terzan 5 pode representar uma li- gação intrigante entre o Universo local e o distante, uma testemunha sobrevivente do processo de constru- ção da protuberância galáctica,” con- clui Ferraro enquanto comenta a im- portância da descoberta. A investiga- ção apresenta um caminho possível para os astrónomos desvendarem os mistérios da formação de galáxias, e oferece uma visão sem rivais da histó- ria complicada da Via Láctea. n assumem que vastos amontoados de gás e estrelas interagiram para formar a protuberância primordial da Via Lác- tea, misturando e dissolvendo no pro- cesso. “Pensamos que restos destes amontoados gasosos podem perma- necer relativamente ininterruptos e a existir embebidos na galáxia,” explica E spreitando através das nuvens espessas de poeira da protuberância galáctica, uma equipa internacional de astrónomos revelou a mistura invulgar de estrelas no aglo- merado estelar conhecido conhecido como Terzan 5. Os novos resultados indicam que Terzan 5 é na realidade um dos blocos construtores primordiais da protuberância, muito provavelmente a relíquia dos primeiros dias da Via Láctea. [NASA/ESA/Hubble/F. Ferraro]
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