Notícias do Espaço Novembro-Dezembro 2016

36 CRÓNICAS ESPACIAIS centro; a outra nebulosa de reflexão mais à direita trata-se da NGC 2071. O astrónomo francês Pierre Méchain é considerado como tendo desco- berto a Messier 78 em 1780, no en- tanto este objeto é atualmente mais conhecido como a entrada 78º do ca- tálogo do astrónomo francês Charles Messier, ao qual foi adicionado em dezembro de 1780. Quando observada com instrumentos que operam no visível, como o Wide Field Imager do ESO situado no Ob- servatório de La Silla, a Messier 78 aparece-nos como uma mancha bril- hante azul celeste rodeada por fitas escuras. A poeira cósmica reflete e dispersa a radiação emitida pelas estrelas jovens azuis situadas no cora- ção da Messier 78, razão pela qual este objeto é conhecido como uma nebulosa de reflexão. As fitas escuras são espessas nuvens de poeira que bloqueiam a luz visível emitida por trás delas. Estas regiões densas e frias são os locais princi- pais da formação de novas estrelas. Quando a Messier 78 e as suas vizin- has são observadas em radiação sub- milimétrica, entre as ondas rádio e a radiação infravermelha, por exemplo com o telescópio Atacama Pathfinder VISTA revela estrelas escondidas A Messier 78, ou M78, é um exemplo bem estudado de uma nebulosa de reflexão. Situa-se aproximadamente a 1600 anos-luz de distância na constelação de Orion, logo por cima e à esquerda das três estrelas que compõem o cinto desta familiar constelação do céu. Nesta imagem, a Messier 78 é a névoa azulada que se encontra no E sta imagem muito detalhada da região de formação estelar Messier 78, situada na constelação de Orion, foi obtida pelo VISTA, o telescópio infravermelho de rastreio do ESO instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile. Para além das regiões azuis de luz refletida das estrelas quentes jovens, a imagem mos- tra também correntes de poeira escura e jactos vermelhos que emergem das estrelas durante o seu processo de formação. [ESO] por ESO Margarida Serote

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