Notícias do Espaço maio-junho 2018
7 PLANETOLOGIA a superfície do nosso satélite. Esta solução é certamente adequada para defesa contra radiação prejudicial e micrometeoritos, mas pode ser uma esco- lha desadequada para contrariar os efeitos de impactantes com várias dezenas de cen- tímetros de diâmetro ou mais. Para além disso, eleva-se umpro- blema de engenharia, o ter de enviar para a superfície lunar (pior no caso de Marte) to- das as máquinas necessárias para escavar, transportar e depositar centenas ou milhares de toneladas de rególito. A deposição dessa quantidade de rególito sobre bases é um obstáculo significativo na realização de projetos deste tipo, um pro- blema que cresce proporcionalmente com o tamanho da base a ser instalada e protegida. A habitação seria muito mais simples se houvessem estruturas geológicas na Lua e em Marte que protegeriam naturalmente futuras instalações humanas. Incrivelmente, tais estruturas parecem existir em ambos os corpos, e em tempos recentes os investiga- dores têm recolhido provas cada vez mais convincentes da existência destas. As estruturas geológicas em questão são tuneis longos no subsolo que podem ser gran- des o suficiente para aco- modar a população de uma pequena cidade. A evidência de que esses tipos de forma- ções se encontram presentes na Lua data dos anos 60, quando a superfície do nosso satélite foi fotografada e examinada com atenção par- ticular como parte das ater- ragens Apollo planeadas. Os investigadores notaram nas imagens muitos canais estreitos e longos, a serpen- tear em vastas áreas afetadas no passado muito distante por efusões massivas de lava (essencialmente mares de lava de pouco tempo de vida e o chão de grandes crateras de impacto). U m exemplo de um tubo de lava: o solo era a crosta num antigo rio de lava que caiu para dentro há medida que drenou por baixo. [Dave Bunnell] Por baixo, esta caverna em Mare Ingenii é quase o dobro de uma das que se encontram em Marius Hills. [NASA/Goddard/ ASU]
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