Notícias do Espaço janeiro-fevereiro 2018

IMAGENS ESTRANHAS À direita, uma vista bastante invulgar da Lua fo- tografada de grande altura (troposfera-estratos- fera). Neste caso, o ‘contrafator’ fez vários erros: o disco lunar é demasiado grande e a sua resolu- ção é muito menor que a do solo terrestre; para além disso, a inclinação da Lua e a sua localização no céu comparativamente às condições de luz do dia são inconsistentes com a realidade. Por baixo , um falso óbvio que pretende mostrar a Terra vista da Lua. A superfície no primeiro plano é muito diferente da do nosso satélite, e nem a alegada Terra mostra estruturas claramente reco- nhecíveis. No fundo, um cenário sugestivo cha- mado ‘pôr do sol no polo norte com a Lua no perigeu’. É, na realidade, uma elaboração gráfica da astrofísica Inga Nielsen, ‘roubada’ e difundida por outros na web como uma fotografia. Se fosse uma imagem real, as dimensões aparentes do Sol e da Lua seriam comparáveis. Por cima, um anel auroral como mostrado emmuitas fotografias de dispositivos em órbita. Mas esta não é muito convincente, aliás, é definitivamente falsa, e pode-se perceber através de, pelo menos, três elementos. O primeiro é a ausência da at- mosfera, de facto, apesar de cerca de 1/3 do globo estar mos- trado, não existem formação de nuvens e nem uma fronteira tipi- camente iluminada. O segundo elemento suspeito é a posição errada do anel auroral, centrado no polo geográfico em vez de no polo magnético (neste período os dois polos diferem em cerca de 400 km). O terceiro elemento suspeito é a uniformidade da ilu- minação do anel, que, em vez disso, deveria ser mais luminoso e mais desenvolvido no hemis- fério noturno, e, pelo contrario, menos conspícuo no hemisfério iluminado pelo Sol.

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