Notícias do Espaço janeiro-fevereiro 2018

46 JANEIRO-FEVEREIRO 2018 grafias astronómicas verdadeiras e falsas é evidente, e com frequência em revistas e especial- mente na web encontramos imagens mais ou menos falsas, que se não declaradas como tal podem induzir leitores ou visitantes menos especialistas em erro. Aqui apresentamos alguns exemplos de imagens falsas ou artísticas que à primeira vista parecem ser realistas pelo simples facto de conter coisas reais, mas que em vez disso são fotomontagens. Comecemos por imagens que incluem as três coisas mais familiares: o Sol, a Terra e a Lua. Em cima, vemos o que deveria ser um eclipse total do Sol tirada de elevada altitude (estratos- fera ou para lá desta). Existem dois elementos que traem a falsidade da imagem: a sombra pro- jetada pelo eclipse devia ser mais arredondada e o anel dia- mante em torno do Sol seria mais do que suficiente para apagar dali a Via Láctea. Aqui em cima vemos uma Lua cheia que sobe sobre uma paisagem montanhosa e reflete num lago. Adicionalmente a ser invulgarmente detalhada, o disco lunar tem um tamanho exagerado e o seu reflexo na água é demasiado nítido quando comparado com a montanha. Por baixo, existe em vez disso uma Terra exageradamente grande ‘vista’ por astronautas numa missão Apollo. Como Jim Lovell disse (Apollo 8 e 13), da Lua é suficiente esticar um braço e levantar um polegar para esconder a Terra. Neste caso, a mão inteira poderia não ser suficiente. Por cima , uma pseudo-selfie de um astronauta. Se a luz que o ilumina é artificial o fundo deveria ser definitivamente mais escuro. Se o astronauta é iluminado pelo Sol, não consegui- ríamos ver as luzes artificiais no solo. Independentemente disso, a espessura da atmosfera é excessiva. Vistas estranhas do Sol, da Terra e da Lua

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